Eu sinto uma saudosa
lembrança dos tempos da minha infância, se eu pudesse voltaria no tempo somente
para te ver mais uma vez. Durante muitos anos tentei encontrar palavras para te
descrever mais no dicionário não encontrei.
Guardei sua imagem comigo,
os seus ensinamentos as suas palavras que vieram comigo para esse mundo adulto.
Com relação às datas comemorativas um dia só é
muito pouco visando os outros dias do ano. Todos os dias os filhos devem
dizer aos seus pais o quanto ama, pode ser que não haja amanhã.
Guardei o melhor abraço
protetor, a melhor história contada, e as lições de um pai que um dia me
ensinou boas maneiras a minha base veio de ti pode ter sido pouco os anos que
vivi contigo mais permanece em mim um pouco de você.
Não tenho você e comigo essa
data pra mim é vazia, não posso te dar o meu abraço, mas tenho o seu DNA e te
guardei na minha memória.
As minhas lágrimas estão
rolando sobre o meu rosto, e caindo sobre o teclado mais eu permaneço firme
afinal foram muitos anos tentado não posso desistir.
Agora volto ao passado quero
descrever as minhas lembranças como se eu estivesse vivendo agora intensamente.
Sou apenas uma criança de
quatros anos e falo a língua tatibitate. Estou caminhado eu sinto as minhas
pernas doerem a minha mãe leva no colo minha Irma recém-nascida. Moramos
distante da cidade não temos vizinho próximo, faço birras porque já não agüento
mais caminhar ele me pega no colo me coloca na sua cacunda:
Vem, cá fia com o pai.
Paro de chorar lugar
confortável eu posso vejo a paisagem de lá cima. Agora já é outro dia eu estou um pouco maior, nos temos um
animal é uma égua ela nos leva difícil missão eu não consigo para em cima dela.
Quando ele me monta e começa a puxar o cabresto eu caio e levo comigo os meus
dois irmãos junto para o chão.
Agora e noite moramos num
lugar deserto estamos indo para casa de um vizinho eu tenho medo não posso ir à
frente mais também não posso ir à trás. Preciso de um farol vou iluminando ao
chão e pouco depois acabo saindo da trilha.
São relatos de um passado
distante, agora estamos em outra noite o pai acende uma fogueira na frente da
casa e conta história ele também nos ensina a oração do pai nosso.
A minha Irma já anda comigo
pelos campos nos coletamos flores e plantas eu não tenho amigas por isso levo ela
comigo. Temos um roçado perto da casa e nos vamos até lá é um arrozal é bom
sentir o cheiro ele está florido.
Eu seguro
na mão da minha Irma ela faz o sinal de positivo: Tiinho pai! Ele vem a nosso
encontro sorrindo fazendo o mesmo sinal.
Agora eu tenho seis anos
tenho um livro em mãos ele é colorido tem muitas figuras eu queria muito saber
o que está escrito peço aos meus irmãos mais eles estão brincando jogando bola.
Eles fazem bola de meia e se eu deixar eles corta até a cabeça da minha boneca.
Peço pro pai ele lê o livro e me ensina as letras do alfabeto, pois temos
escolas mais não tem professora. Enfim já sei ler e leio o mesmo livro varias
vezes porque eu não tenho outro o legal é que cada vez que leio descubro uma
coisa nova.
O pai nos alerta fala que a
passagem dele nessa terra está chegando ao fim. Apesar de não reclamar da vida
nem das condições que se encontra ele sabe o que senti.
O pai ficou doente teve que
ir pra cidade e nos ficamos na casa de uma conhecida agora eu tenho 8 anos. É
uma tarde de sol alguém veio nos buscar dizendo que o pai não está mais entre a
gente. Não posso relatar essa parte triste eu já chorei muito.
Depois do acontecido fomos
morar com o nosso avô somos quatro criança e a mãe está grávida.
Agora todas as noites em
sonho o meu pai vem em ver eu sempre o abraço:
Pai você voltou!
Assim são todas as noites.
Abraço ele em sonhos é confortável. O tempo está passando os sonhos estão diminuindo.
Quero dormir para sonhar com ele mais durmo e não sonho.
Então, acordo e vejo agora
eu cresci. Do meu pai eu guardo uma lição de vida para sempre. Pai, saudosa
lembrança.
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