quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A mulher e as sandálias

A sandália de salto alto para a mulher é sinônimo de elegância. Enquanto a sandália de salto baixo é conforto. Quando a mulher está diariamente usando salto descer do salto é perder a elegância.  Ela estava tão acostumada a andar em cima dos saltos que quando ela usava as sandálias de salto baixo tropeçava facilmente.
Devido às atividades diárias com mudança de trabalho os saltos foram substituídos por sandálias confortáveis. E desprovidas de altura, enfim trocou a elegância pelo conforto. O tempo foi passando ela foi se adaptando usar salto agora somente em ocasiões especiais. Por isso mesmo que eles ficavam muito tempo na sapateira. Naquele fim de semana ela planejou que usaria a tão famosa e elegante sandália de salto alto. Abriu a sapateira e escolheu a sandália mais alta;
Linda chegou o grande dia!
Antes de colocá-la no pé olhou para a sandália de salto baixo:
Como você é confortável e bonita! Hoje vou te dar uma folga.
Era como se essa tivesse respondido:
Eu sei disso, você que vive me desdenhado por causa daquela que se elegante duvido que consiga fazer com ela o que faz comigo. Estou com você quando sai nas ruas, sou sua companheira das longas horas de trabalho. Enquanto aquela dali você usa somente em dias festivos e eu aposto que depois de algumas horas já sente o desconforto e lembra-se de mim. O pior que eu vejo como é grande a sua ingratidão. Abandona-me quando quer sentir poderosa. E nem se lembra do desconforto que vem depois.
E sandália de salto alto retrucou:
Eu não acredito! Para por ai, você vai dar ouvidos a essa desprovida de elegância.
Posso ser desprovida de elegância como você diz. Mas, eu não vou deixá-la com o pé cheio de calo e joanete. Eu sou a ideal.
Dizendo isso ela deu uma risada. Mais a mulher continuou ali olhando as duas e continuava sem dizer nada.
Enfim, se decidiu:
Desculpe-me minha linda! Fiquei aqui calculando os passos que eu tenho que andar hoje e não pode ser com você. É quem me viu e quem vê? Hoje, não é nosso dia! O nosso dia vem ai. Dizendo isso  guardou-a   de volta na sapateira junto com as outras.



sábado, 26 de outubro de 2013

Moreno irresistível



 Ela estava resistindo há um mês e pouco.  Abrir mão daquele moreno tão desejado era uma missão quase impossível. Na verdade ele era o sonho de consumo de muitas mulheres. Não estava sozinha e cada dia sem ele seria apenas um dia a mais. Difícil era suportar aquelas longas horas de ansiedade pesando nele. O pior de tudo é que ele não precisa estar presente na verdade ele estava em sua mente o seu cheiro estava impregnado no ar que ela respirava.

Tinha que ser forte e continuava resistindo até que e um dia de manhã ela abriu a porta do armário lá estava ele o moreno irresistível o delicioso chocolate. Era como se ele estivesse dizendo: por favor!  Coma-me eu sou recheado e sei que você me adora.

Como resistir a um pedido desse? Sonho de consumo de muitas mulheres é de comê-lo sem engordar. Pegou um chocolate abriu a embalagem deu uma mordida mastigou bem e depois engoliu depois outra e mais outra e assim por diante saboreou até o fim. Esqueceu-se das calorias.

 

sábado, 27 de julho de 2013

A formiguinha


Observando uma formiguinha um dia desses, ao abrir o portão. Eu percebi que eu não era o único ser vivo que carregava peso insuportável: ufa! Pensei que eu fosse a única mais veja só como essa pequenina segue o seu caminho com determinação. Carregando um peso maior que o peso! Eu fiquei com os olhos fixos no chão e percebi que ela caia junto com a folha verde mais pegava de novo com determinação seguia o seu caminho arrastando aquele peso enorme. A vida no formigueiro não era fácil cada individuo com a sua com sua função, elas trabalham intensamente para manter a ordem no formigueiro.

Quantas vezes o fardo é muito pesado e os meus pés ficam cansados. Mas, se eu cair que possa me levantar assim como aquela formiguinha. Tantas as vezes que eu tropeço e penso em desistir. São tantas coisas que eu tenho pra fazer eu fiquei sem tempo pra mim. E o pior e sentir que não estou chegando a lugar nem um. Como se eu estivesse no meio do nada. Oh! Quanta determinação daquela formiguinha um exemplo. Agora somos-nos duas cada uma seguido o seu caminho. Todas as vezes que eu pensar em desisti lembrar-me-ei de ti.  Fechei o portão com cuidado e deixei-a ela tinha que seguir o caminho dela  eu
 o meu.

sábado, 20 de julho de 2013

A gota de água e o oceano


Era uma vez, uma gotinha de água que sonhava com oceano, mas essa vivia em um riacho. Num belo dia ela resolveu deixar o riacho e seguir em direção ao mar. Uniu-se a outras e seguiram algum tempo depois. Chegaram ao estuário às outras seguiram e ela antes de se unir ao mar a ficou observando e contemplou aquela imensidão. Estava tão acostumada a ser gotinha de riacho que tremia com o barulho das ondas. Aventurar-se e descobrir os segredos do velho mar. O oceano era desconhecido ela era uma simples gota. O mar agitado e a gotinha a pensar. Eu serei apenas uma gota a mais nesse imenso oceano. Aproximou-se estava tão acostumada a ser gota de água no riacho como seria fazer parte daquela onda. Seria apenas uma gota a mais nem faria a diferença. Vendo com outro ângulo poderia dar certo aquela união enfim seria onda também e ela não resistiu uniu-se as outras dizendo: “oi, oceano eu sou a gota que faltava em você”. 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Três beija-flores


 
Era uma vez três beija-flores que visitava um lindo jardim. O primeiro foi à emoção de um encontro fascinante com a linda flor deixou palavras de amor. Mais ai veio o vento que soprou, soprou e as palavras ele levou. Quanto ao beija-flor esse voou e voou. Tão alto que nunca mais voltou.
O segundo surgiu como um sonho colorido. Assim como o nascer do sol no horizonte azul. Vinha sempre com o nascer do sol esse também deixou palavras de amor. Mais ai veio à tempestade como era beira rio as palavras escorregaram e a correnteza levou. Quanto ao beija-flor esse voou no horizonte azul.

O terceiro foi loucura assumia ser um beijador nato. Amava todas as flores coloridas pousava de flor em flor. Não fazia promessas às vezes sumia e depois voltava ate que um dia esse se foi e nunca mais voltou. Deixou marcas de dor porque como é triste um jardim sem beija-flor. Dizem que até hoje eles estão por ai, voando no infinito.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A carta



Helena se encontrava com o envelope na mão o conteúdo da carta seria uma revelação? Tinha o nome dele alguém que ela amava em silêncio Tiago. Respirou fundo sentou-se e abriu a carta e começou a ler:

Querida Helena


Gostaria de ter te falado, mas faltaram-me palavras resolvi registrar se eu tiver coragem te envio. Amar significa deixar livre eu tenho te observado. Quantas vezes eu decorei texto e na hora de falar asa palavras me faltaram.

Gostaria de ter te falado sobre a minha visão de mundo e sobre a incerteza do futuro que me cerca pode ser que amanha seja tarde eu nem tenha tempo de falar como você é importante para mim. Sou imperfeito acredite vivo tentando concertar os defeitos. 

Resolvi juntar todos os fragmentos durante essa jornada guardar como se fosse o meu tesouro. A nossa amizade esta bem guardada tão preciosa que tive medo de viver sem ela.

Quanto ao amor que sinto gostaria de vivê-lo intensamente ele é sublime. Há se pudéssemos ser namorados se amigos eu não teria esse medo de te perder.

O caminho sem você fica muito difícil defini você come se fosse  flor do meu deserto. São tantos tropeços o impacto me desequilibra, mas talvez não seja tão ruim assim recomeçar.

Sabe Helena penso que a qualquer momento a porta mágica que me leva pro seus braços ela se abrirá eu estenderei a minha mão que vai unir a sua seremos um para o outro suporte.

Seguiremos juntos na mesma estrada. Amo-te eternamente.                                                                                                                                                                                                           

                                                                                   Tiago.
Ao terminar de ler ela vai ao encontro dele. Ele recebe com um sorriso nos lábios e se assusta quando ela tira a carta da bolsa:
Como ela chegou até você encontrei na caixa do correio lá em casa.
Judy mexeu nas minhas coisas, não acredito que fez isso!
A irmã entra:
 Foi sem querer desculpe mais eu tive a impressão que se eu não agisse essa carta nunca chegaria ao destino.
Tiago estava tremulo sem voz e Helena:
Fez um bom trabalho Judy, obrigada.
Ela o abraça dizendo;
Por muitas vezes eu esperei você me dizer isso eu também te amo tive medo de te falar e você se afastar de mim.
Depois de um beijo ele oferece a mão;
Agora sim juntinhos na mesma estrada caminhando juntinhos para sempre.

sábado, 9 de março de 2013

Amor ilhado



 
Estava na beira do cais quando eu vi o barco passar alguém me acenava com a mão me convidando para entrar na embarcação. Tinha pressa eu acabei entrando nem tive tempo de decifrar. E quando me dei conta do acontecido já estava navegando sem saber se era amor ou ilusão.
Quando estava em alto mar por muitas vezes eu vi a embarcação do amor passar:
Vem comigo!
E assim que me chamava eu ficava a admirar navegar naquela embarcação era um sonho antigo. “Sonhos dos sonhos “sem ilusão para perturbar ali eu queria estar. Alguém fascinante no comando me acenava com a mão. E quando eu fiz gesto pra pular olhei a dimensão do oceano e senti a força das águas turbulentas. Tive medo do desequilíbrio me sentia desprotegida.

Já estava acostumada a navegar na embarcação errada. Deixei o barco passar muitas vezes. O vento sobrou às ondas do mar balançou fortemente o barco do amor e distanciou-o mim. E o amor acabou ficando ilhado e o meu coração despedaçado.

sábado, 2 de março de 2013

O enroladinho



Quando eu era criança eu tinha nojo das coisas mais não tinha noção da contaminação dos alimentos. Hoje eu sei que os alimentos quando estão sendo preparados precisam ser higienizados para evitar a contaminação.
Naquele dia eu estava na rua e sentindo fome embora não gostasse de comer na rua acabei passando na feira e comprando um enroladinho seguido por refrigerante. Logo na primeira mordida resolvi olhar veio a duvida uma carne branca e sem sabor seria frango mesmo? Mastiguei, mastiguei e a minha boca começou a se encher de água fui engolir e nada não descia então tomei um pouco de refrigerante acabou descendo.
Segunda mordida eu mordi e resolvi olhar de novo que carne essa? Será que é de jacaré? Não é possível é só minha imaginação. Segunda mordida tudo se repetiu a minha boca se encheu de água fui engolir e nada não descia então tomei um pouco de refrigerante acabou descendo.
Na terceira mordida tudo se repetiu eu imaginei ao olhar que o enroladinho seria de carne de rã. Não consegui ao lembrar-se do pobre animal tive ânsia de vômito me corri para o cesto do lixo coloquei tudo pra fora. Depois voltei e lavei a minha boca com o resto do refrigerante. Paguei a conta e sai.
Um ano depois contado para alguém ele me disse que poderia ser de carne de gato eu ainda tive nojo.  Enroladinho de que mesmo? Só podia ser de frango.



domingo, 3 de fevereiro de 2013

Uma rosa pra você



Desde quando você partiu sabia que um dia eu tomaria coragem e faria isso. Fiquei tentando juntar momentos fragmentados que ficaram espalhados em minha memória. Não quero te esquecer e dentro do meu ser existem muitas coisas que você me ensinou.Tem uma frase que jamais vou esquecer "vó é mãe duas vezes".
Toda vez que eu tentava descrever me faltava chão. Nem sei em que plano eu estava talvez suspensa do chão. A sua lembrança è viva em mim eu levo comigo onde quer que eu vá.
Agora volto à infância doce e colorida se sua casa tivesse sabor seria o de chocolate. Voltar pra casa difícil missão era a do papai ele não conseguia cumprir e a mamãe sempre vinha muito brava achava o meu esconderijo e me fazia passar por baixo da cerca de arame farpado. E depois saia me arrastando pelo braço.
Por ironia do destino alguns anos mais tarde eu fui morar com a minha vó definitivamente.
Ela era uma pessoa calma e aos olhos dela alem sermos lindos éramos perfeitos. O vô era bravo sempre nos corrigia e ela sempre por perto como se fosse uma advogada:
 Não judie dos bichinhos!
Lembrei-me da casa era cercada por plantas e se destacava entre as plantas samambaias e roseiras. Rosa branca e cor de rosa. Éramos-nos construtores dos nossos brinquedos. A TV era uma coisa rara e o meu avô dizia que aquilo só ensinava o que não presta estávamos proibidos de assistir. Mais a vizinha tinha e nos fugíamos para assistir TV, escondido dele. Brincávamos de roda falávamos versos em noite enluarada naquela época eu sonhava com príncipe montado em cavalo branco, os mais velhos contavam historias muitas delas eu nunca vi em livros mais era bom ouvir o meu avô contado-as. Ele também gostava de comprar doces fazia chuva de bala e a gente se esbaldava no chão catando-as.
E na hora de dormir nunca íamos dormir sem fazer as orações e pedir a bênção para: Vô, Vó, mãe, tios, tias.
 Quando eu sai da casa da vovó eu havia deixado a infância. Mais não, os bons hábitos  quando eu ia visitá-la eu entrava pela porta da sala cumprimentava pedia a benção e saia pela porta da conzinha ia ver as rosas. Se tivesse muitas eu tirava uma e colocava no cabelo se não tivesse  eu cheirava e deixava no pé quando ela me via sem a rosa ela ia lá e tirava a mais bonita e me dava:
 Fia, aqui está uma rosa pra você, temos botões logo eles vão desabrochar e não e sempre que você esta aqui.
Agora para minha vovozinha e no seu descanso eterno “todas as rosas num jardim florido”. Guardo boas recordações suas em minha memória. Descase em paz.



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Cigarro nunca mais




Eu sei que o fumante não entende esta frase “pare de fumar quando estiver perto de mim”. Quem não tem o hábito de fumar não consegue inalar a fumaça que ele solta no ar quero deixar claro não é preconceito sentir aquele cheiro é difícil.
Eu nem sempre foi assim quando eu era criança os meus avôs maternos eram fumantes eu não me importava com o cheiro. Lembro-me que naquela época eu tinha a ilusão que o cigarro uma coisa fantástica os comercias na TV mostrava as pessoas livre e felizes sempre na direção a sensação devia ser boa sinônimo de elegância. Além do mais ele estava sempre próximo a balinha no boteco.
Enquanto eu pensava assim o meu dizia:
“Faça o que eu digo, não faça o que faço. Aprendi a fumar desde criança porque não tive quem me corrigisse. Se eu pegar vocês fumando leva uma surra”.
 Mesmo assim eu queria sentir a sensação; pegava uma palha de milho seca e cortava com uma tesoura depois colocava folha de planta seca acendia e provava era ruim de mais e logo incendiava tudo. Não devia ser ruim assim o cigarro de verdade não valia aquele de faz de conta era intragável.
Eu devia ter na época 12 anos nos íamos à missa domingo a noite com uma senhora vizinha que morava próximo da nossa casa. Eu não conseguia ficar muito tempo em locais fechado com muita gente eu desmaiava e por isso saia pra fora depois da pregação do evangelho. Naquele dia a praça estava bonita havia casais de namorados eu lembro que o moço pegou uma flor da roseira e deu a sua amada. Bem próximo de mim tinha um rapaz fumando. Era um conhecido eu pedi um cigarro ele me deu 2 e ainda acendeu. Comecei a fumar a principio os meus olhos se encheram de lagrimas depois a minha garganta começou a coçar eu continuei. Fumei e quando fui fumar o outro meu estômago ficou ruim senti um mal estar, ânsia de vômito, o mundo começou a girar, a vista escureceu eu desmaie.  Foi passageiro quando voltei tinha gente em minha volta o cheiro do cigarro estava impregnado em mim eu sentia nojo.
Experiência ruim acabou a fantasia era a pior coisa que eu tinha provado. Depois disso quando a minha vó me pedia pra buscar o cigarro ou cachimbo pra ela fumar eu pegava um papel com uma mão e só depois o cigarro com a outra eu tapava o meu nariz. O cheiro da fumaça do cigarro me dava coceira na garganta e muito enjoou. Eu sempre fiquei longe.
Alguns anos depois após o parto da minha filha, eu senti o cheiro do cigarro. A enfermeira que empurrava a maca tinha fumado. Eu senti o cheiro eu tive uma crise de tosse tão forte que parecia que minha barriga era um balão ia explodir. A minha acompanhante chamou o meu médico. Ele me perguntou se eu estava resfriada eu disse não eu senti o cheiro do cigarro.
Nunca reclamei mais sempre me afasto. Lembro também que tinha um colega de curso anos mais tarde quando apareceu nas carteiras de cigarro foto de pessoas com doenças causadas pelo cigarro ele simplesmente fez uma capa e cobriu para não ver.
Em outra sala de aula outro curso tinha um moço fumante que veio sentar logo na minha frente eu tive que me retirar não suportava o cheiro do cigarro.
Na minha vida “cigarro nunca mais”.