Eu sei que o fumante não
entende esta frase “pare de fumar quando estiver perto de mim”. Quem não tem o
hábito de fumar não consegue inalar a fumaça que ele solta no ar quero deixar
claro não é preconceito sentir aquele cheiro é difícil.
Eu nem sempre foi assim
quando eu era criança os meus avôs maternos eram fumantes eu não me importava
com o cheiro. Lembro-me que naquela época eu tinha a ilusão que o cigarro uma
coisa fantástica os comercias na TV mostrava as pessoas livre e felizes sempre
na direção a sensação devia ser boa sinônimo de elegância. Além do mais ele
estava sempre próximo a balinha no boteco.
Enquanto eu pensava assim o
meu dizia:
“Faça o que eu digo, não
faça o que faço. Aprendi a fumar desde criança porque não tive quem me
corrigisse. Se eu pegar vocês fumando leva uma surra”.
Mesmo assim eu queria sentir a sensação;
pegava uma palha de milho seca e cortava com uma tesoura depois colocava folha
de planta seca acendia e provava era ruim de mais e logo incendiava tudo. Não devia
ser ruim assim o cigarro de verdade não valia aquele de faz de conta era
intragável.
Eu devia ter na época 12
anos nos íamos à missa domingo a noite com uma senhora vizinha que morava
próximo da nossa casa. Eu não conseguia ficar muito tempo em locais fechado com
muita gente eu desmaiava e por isso saia pra fora depois da pregação do
evangelho. Naquele dia a praça estava bonita havia casais de namorados eu
lembro que o moço pegou uma flor da roseira e deu a sua amada. Bem próximo de
mim tinha um rapaz fumando. Era um conhecido eu pedi um cigarro ele me deu 2 e
ainda acendeu. Comecei a fumar a principio os meus olhos se encheram de
lagrimas depois a minha garganta começou a coçar eu continuei. Fumei e quando
fui fumar o outro meu estômago ficou ruim senti um mal estar, ânsia de vômito,
o mundo começou a girar, a vista escureceu eu desmaie. Foi passageiro quando voltei tinha gente em
minha volta o cheiro do cigarro estava impregnado em mim eu sentia nojo.
Experiência ruim acabou a
fantasia era a pior coisa que eu tinha provado. Depois disso quando a minha vó
me pedia pra buscar o cigarro ou cachimbo pra ela fumar eu pegava um papel com
uma mão e só depois o cigarro com a outra eu tapava o meu nariz. O cheiro da
fumaça do cigarro me dava coceira na garganta e muito enjoou. Eu sempre fiquei
longe.
Alguns anos depois após o
parto da minha filha, eu senti o cheiro do cigarro. A enfermeira que empurrava
a maca tinha fumado. Eu senti o cheiro eu tive uma crise de tosse tão forte que
parecia que minha barriga era um balão ia explodir. A minha acompanhante chamou
o meu médico. Ele me perguntou se eu estava resfriada eu disse não eu senti o
cheiro do cigarro.
Nunca reclamei mais sempre
me afasto. Lembro também que tinha um colega de curso anos mais tarde quando
apareceu nas carteiras de cigarro foto de pessoas com doenças causadas pelo
cigarro ele simplesmente fez uma capa e cobriu para não ver.
Em outra sala de aula outro
curso tinha um moço fumante que veio sentar logo na minha frente eu tive que me
retirar não suportava o cheiro do cigarro.
Na minha vida “cigarro nunca
mais”.